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Álvares de Azevedo e a ambiguidade da orgia
No senso comum, quando se fala de literatura fantástica ou de terror nas letras brasileiras, Noite na Taverna (1855) é rapidamente citado como exemplo. Neste artigo, Karin Volobuef se debruça sobre a obra de Álvares de Azevedo para discutir a pertinência da noção de fantástico na compreensão da obra. Sua hipótese é de que os contos do volume não se baseiam em eventos sobrenaturais, mas sim em comportamentos negativos dos seres humanos, tais como crimes e perversões. Num primeiro momento, a professora explicita o diálogo das narrativas do brasileiro com o gótico inglês setecentista e com autores como E. T. A. Hoffmann e Byron. Em seguida, examina o aspecto metaficcional do livro, que reforçaria, em diferentes momentos, a ficcionalidade das histórias compartilhadas na taverna.